segunda-feira, 5 de maio de 2014

Lembras?

Lembras do tempo?
Quão patético, senhor de todos.
Relembras o futuro?
Andas por entre escombros.

Os dias são todos como ontem
Disso, será que lembras?
As lágrimas são sempre do mesmo poço
Os risos sempre da falta de algo para beber

As noites são tão quentes
Os dias, cada vez, mais frios.
As estrelas continuam em greve
A escuridão brilha lá fora

A caneta perde o emprego
Os dedos são como ontem
As mãos temem o apego
Mas tudo continua como ontem

E a noite de domingo foi a de sábado
A noite de sábado foi a de domingo
E o presente continua no futuro
E o futuro é o presente. Lembras?

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