segunda-feira, 3 de novembro de 2014

No dia que você me deixou



Tudo parecia claro
A luz da aurora parecia falar,
Mas tão somente calava
A dor, por sua vez, já aguardava
A hora que no palco entrar
No dia que você me deixou.

As mãos a tempo separadas
Revelando a quebra da minha alma
O silêncio que ensurdecia a mente.
Tudo igual e nada sempre diferente
Estava arrasado repentinamente
No dia em que você me deixou.

Um grito no silêncio e um desejo de morrer.
Um salto no penhasco e o desejo do fim.
A dor de está vivo insubstituivelmente.
A lágrima seca de um sedente coração.
Cheio de amor e desejoso da não-dor
No dia em que você me deixou.

O marco do fim.
O início de desperdício.
A despedida da vida
E a renúncia ao convite do vício.
Aceitando casar com a infelicidade
No dia em que você me deixou.

Triste



Triste é ver a lua lá tão linda e tão alta
Olhando-nos com pena e com superioridade.
Acreditando que de todo o universo eu sou o menor
Pensando que meu tamanho me torna insignificante.
Pobre lua, não sabe de nada.

Triste é ver aquela estrela a anos luzes
Viajando sob o inconhecivel universo
Se gabando se ser mais veloz que nós.
Pensando que sua autoenergia é tudo
Pobre estrela, não sabe nada

Triste é ver a luz da aurora
Tão rápida quanto ninguém
Rompendo as trevas por onde passa
Pensando que é autosuficiente
Pobre luz não sabe de nada.

Triste é ver que a lua não entende que
Não é superior a minha pequenes.
A estrela não saber que a maior energia é o meu amor
A luz nem imaginar a lerdeza me permite amar
Tolas, não sabem de nada.

Mas ser pequeno e tão frágil para que?
Até onde a energia do amor me move?
Qual a vantagem de amar?
E que importa amar de forma errada?
Pobre de mim, que não sei de nada.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Virei poeta



Virei poeta de verdade.
Disso eu bem sei, já o sou.
Mas isso só é possível, beldade,
Porque teu riso me conquistou.

Aprendi que o poema não é nada!
Não diz nada e nem por isso é desprezível.
E quando penso em ti, namorada,
Tento dizer o que não é dizível.

Agora compreendo o filósofo, contudo,
O belo e o amor ao belo se mostram.
Simplesmente o falar não diz tudo.
O tudo é quando nossos lábios se tocam.

Uma foto




É só uma foto no smartphone
E diz tanta coisa para mim
Repito mentalmente, infinitas vezes, seu nome.
E, claro, entendo como é assim.


Seus lábios lembram-me o céu
Ainda que não possa lembrar-me de onde não estive
Mas, amor, a felicidade eterna tirou de si o véu.
Mostrou-me que ao teu lado ela vive.


Tenho Acordado tarde, amor,
Porque tarde durmo pensando em teu riso
Mas que não seja tarde, ó flor,
Para te dizer que és tudo que preciso.


Mas ainda preciso esperar.
É noite e não posso ir até ti, de fato.
Então contemplo tua foto, que para rimar,
Só essa noite a chamarei retrato.

Sinto falta



Eu sinto falta!
Sinto falta quando você vai.
Sinto falta quando você não vem.
Quando olho dentro de mim mesmo
E não encontro você.

Eu sinto falta!
Do seu riso infantil,
Do seu dedo de menina.
Sinto falta das suas histórias,
Das suas travessuras.

Eu sinto falta!
Sinto falta quando vejo sua foto.
Quando percebo que não sou sem ti.
Quando ouço uma música da Pitty.
Sinto falta do seu abraço quente.

Eu sinto falta!
Falta de tudo que não faz falta.
Falta de estar a sós com você.
Sinto falta do seu colo,
Do seu afago e sua doce voz.

Eu sinto falta!
Como sinto da sua bagunça.
Falta do seu querer ser alta,
Do meu beijar sua testa.
Falta de como éramos bobos.

Realmente sinto falta!
Falta de quando te completava,
De quando te fazia rir com minha presença,
De quando encarava à luz dos olhos teus,
De quando o estarmos juntos supria as faltas.

Sinto falta, muita falta!
De quando você se declarava com os olhos,
De quando você me achava perfeito
Ou quando ser imperfeito não era problema.
Quando éramos tristes sós e felizes juntos.

Há muito que não sentia falta
Pois você tem me completado
E tenho me acostumado a ser um com você.
Mas, ao ter medo de não mais sermos um,
Sinto falta de ser quem sou.