sábado, 3 de agosto de 2013

Soneto do poeta-filósofo e do filósofo-poeta

Ela olhou de longe e sorriu para o poeta

Ele agora tem mais uma inspiração

Logo ele que nunca se aquieta

Mas que nunca entrega o coração


E com os olhos fixos ele a fita encantado

Olhos nos olhos, faz a aproximação

Senta. Boa conversa! Ó poeta delicado!

Mas que desafinado desiste da canção


Não. Não tenho tempo pra amar – diz o poeta.

Ser filósofo talvez me deixe contente

Ou qualquer coisa que não gente.


Mas os sorrisos continuam a te balear, ó poeta!

Que tão frágil, dócil e, por dizer, inocente

Sempre esquece: filósofo também sente.

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