terça-feira, 30 de abril de 2013

Soneto do poeta-filósofo



Ela olhou de longe e sorriu para o poeta
Ele agora tem mais uma inspiração
Logo ele que nunca se aquieta
Mas que nunca entrega o coração

E com os olhos fixos ele a fita encantado
Olhos nos olhos, faz a aproximação
Senta. Boa conversa! Ó poeta delicado!
Mas que desafinado desiste da canção

Não. Não tenho tempo pra amar – diz o poeta.
Ser filósofo talvez me deixe contente
Ou qualquer coisa que não gente.

Mas os sorrisos continuam a te balear, ó poeta!
Que tão frágil, docil e, por dizer, inocente
Sempre esquece: filósofo também sente.

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